Para que qualquer trabalho funcione perfeitamente, a equipe precisa ser composta por bons profissionais. Isso se aplica até mesmo à rotina agitada de um cantor. Ok, sabemos que é ele quem sobe nos palcos e encanta multidões com sua voz, mas, nos bastidores, existem vários outros profissionais engajados em um mesmo propósito: fazer acontecer.

Ao longo de sua carreira, Luan contou (e ainda conta) com diversos profissionais. Seja em passagens curtas ou mais longas, todos marcaram e marcam sua história. Alguns, entretanto, explode a bolha dos bastidores e chama atenção dos fãs e de quem mais estiver por perto. Assim foi com Rodrigo Berton. Se você não se recorda ou, caso tenha chegado por aqui recentemente e ainda não o conhece, vale ler o News Entrevista de hoje.

Durante os 14 meses que acompanhou e fez parte da Equipe LS, ele sempre chamou atenção pela qualidade de seu trabalho. Berton, como ficou conhecido, é fotógrafo e, por mais de uma turnê, foi o responsável pelos clicks incríveis que víamos nas redes sociais, no site, nos calendários, nos álbuns e em tudo mais que fosse necessário estampar o rostinho do artista. Foi ele o responsável pelas fotos e vídeos durante a turnê “O Nosso Tempo é Hoje”, na gravação do DVD “Acústico” e no começo da turnê “Acústico”, de fevereiro de 2014 a abril de 2015.

Atualmente, ele segue sua carreira em outro caminho, mas a lembrança de seus registros perpetuam e, arriscamos dizer, sempre perpetuarão. Porque um bom trabalho merece e deve ser contemplado. E disso, esse cara entende.

Berton, parabéns por ser esse profissional dedicado e, também, obrigada por ser o responsável por várias imagens que estampamos em nossas artes para site ou posts no Instagram. Nós, equipe do News LS, desejamos sucesso em sua caminhada.

 

 

1. Como e quando surgiu o convite para trabalhar com o Luan?

O convite para trabalhar com o Luan veio na estreia da turnê ‘O Nosso Tempo é Hoje’ aqui em São Paulo, no antigo Citibank Hall. Eles estavam testando alguns fotógrafos e eu acabei fazendo os dois daquele fim de semana. Luan gostou do meu estilo e acabaram me contratando poucas semanas depois, em um show em Iperó, aqui perto de São Paulo.

2. Você trabalha com fotografia desde cedo? Conte-nos um pouco da sua relação com a profissão.

Minha relação com a fotografia nasceu ao mesmo tempo em que eu me tornei desenhista/ilustrador. Quando comecei a desenhar, eu já tinha essa vontade de registrar o mundo com uma câmera também. Minha primeira, comprei quando eu tinha 11 anos. Juntei dinheiro de mesadas e presentes e comprei uma pequena Kodak muito simples, mas que já me permitiu sair por aí clicando. Profissionalmente, comecei a fotografar aos 20 anos, no primeiro ano da minha primeira faculdade, e nunca mais parei.

3. Em geral, seus registros sempre foram, e ainda são, muito elogiados pelos fãs. Como você se sentia ou ainda se sente em relação a isso?

É realmente muito bacana saber que meu trabalho marcou, mesmo em uma carreira tão grande e de sucesso quanto a do Luan. Saber que muitos fotógrafos ótimos passaram por lá, e que ainda estão trabalhando com ele, é gratificante. Ainda encontro alguns fãs que me reconhecem ou mandam mensagens nas minhas redes elogiando alguma foto minha, e é óbvio que é uma grande felicidade. Eu sempre tentei tirar o melhor de cada show, de cada música, e é bom, de verdade, ter isso sempre lembrado por vocês.

 

 

4. Como era sua relação com o Luan, de forma profissional e pessoal?

Eu passava, como todos da equipe, mais tempo com eles do que com a minha própria família. Então é importante que a relação seja sempre o mais leve o possível. Sempre mantive meu convívio tranquilo, mas mantendo a relação de ‘empregador-funcionário’ que a gente tinha. Essa convivência com a equipe toda sempre foi muito tranquila e saudável.

 

 

5. Profissionalmente falando, qual você acredita ser o maior critério para se tornar um profissional que, assim como você, se destaca no que faz?

Estudo. Sempre. Saber e entender o que se está fotografando é o mais importante. E nunca querer aparecer mais do que o trabalho. O fotógrafo tem que ser sempre a pessoa mais discreta possível. Entrar, sair e entregar. Quem tem que marcar é a foto, o registro. Para vocês terem ideia, eu pedia para os técnicos de som gravarem uma cópia de alguns shows para que eu pudesse estudar cada movimento dele no palco, as trocas de luzes, fogos e afins. Chegava a filmar também, para poder achar os melhores ângulos. Eu brincava na época que eu não cantava as músicas, eu contava na cabeça cada frame, era tudo sempre muito calculado. Então meu critério é esse até hoje: estudar muito o que eu vou fotografar. E essa é a minha dica também: dedicação, estudo, empenho e suor. Não tem muito segredo. Buscar inspiração no que é feito pelos grandes fotógrafos do mercado, mas ter seu estilo próprio também é muito importante. Conhecer todo o potencial do seu equipamento e os limites de cada função. E, sempre, paciência, porque as coisas acabam acontecendo.

6. Para finalizar, conta pra gente uma situação que te marcou? Pode ter sido na estrada, com fãs, com o Luan ou até com a equipe!

Era realmente uma rotina para chegar e sair dos lugares dos shows, não acontecia muita coisa diferente disso. Era aeroporto ou ônibus, hotel, show, hotel, aeroporto ou ônibus de novo, e casa. Claro que algumas coisas marcaram muito, e eu sempre falo de três. Foi a primeira, e única, oportunidade que eu fui para Barretos, e ver aquela arena lotada foi realmente emocionante. Uma gravação com o Rodrigo Faro, que precisou ser interrompida porque as fãs invadiram o palco também foi bastante inusitado, e eu carreguei hematomas e arranhões por algum tempo, porque fui pego no meio da correria. E a gravação do DVD Acústico, que foi das experiências mais nervosas da minha carreira. Quando o terceiro dia acabou, lembro de ter sentado em um canto do estúdio, com um copo de bebida, e chorado copiosamente com algumas pessoas da produção. Tudo deu certo, e eu tenho um lindo livro das minhas fotos preferidas desse DVD no meu portfólio. Coloquei algumas imagens aqui que eu gosto muito, espero que vocês também.

 

 

 

 

Todos os direitos autorais das imagens são de Rodrigo Berton, que, gentilmente, cedeu ao News LS.

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Publicado por newsls