Para o News Entrevista de hoje, conversamos com uma das grandes figuras da carreira do Luan, principalmente entre os anos de 2009 e 2014, que foi o período em que ele esteve na LS Music. Hoje, o nosso bate papo é com o Márcio Cardoso, que foi produtor ao longo de 6 anos.

 

Mesmo atuando nos bastidores, durante todo esse tempo, Márcio foi o responsável por produzir os shows e as três primeiras gravações de DVD: “Ao vivo em Campo Grande”, “Ao vivo no Rio” e “O Nosso Tempo é Hoje”, que foram sucesso absoluto e são lembrados até hoje.

 

Aqui, ele contou um pouco sobre como era sua rotina na estrada, principalmente nas épocas em que os DVDs foram gravados, e também falou da sua relação com o cantor, que era de profissional para profissional, mas também, de muita admiração.

 

Márcio, obrigada por nos dar um tempinho para termos essa conversa e podermos contar com sua experiência aqui conosco. Ficamos felizes em tê-lo aqui! #DeusNoComando 

 

 

A seguir, a entrevista com Márcio Cardoso.

 

1. Márcio, como começou sua carreira e quando surgiu o convite para trabalhar com o Luan?

Eu comecei na música em março de 2008, por acaso. Trabalhei 12 anos com transporte rodoviário de passageiros, logística e transporte de cargas, porém, sempre trabalhei com pequenos eventos e shows. Daí, quando eu trabalhava no setor de logística da dupla Fernando e Sorocaba, tive um bom contato com o Anderson (ex-empresário do artista) e com Luan, foi quando rolou o convite. Foi em março de 2009 e, por lá, atuei em vários setores, mas me identifiquei demais na “Área de Produção de Shows”. Mas confesso: quando me formei em Marketing e Propaganda, em 2001, nunca imaginei que em 2009 estaria trabalhando na produção de um DVD e seguiria nisso.

 

 

2. Você participou de três DVD’s do Luan: como produtor convidado, produtor financeiro e produtor geral, respectivamente. O que muda em cada uma dessas funções?

Foram experiências incríveis, mas que tinham seus desafios. Afinal, no primeiro DVD, quem era o Luan Santana? Ele estava sendo apresentado ao Brasil e ao mundo, eu nunca tinha trabalhado com isso e, mesmo auxiliando apenas no financeiro, na verdade, também fiz um pouco de tudo: trabalhei no camarim, no palco, nas grades de segurança… Foi especial demais. 

No segundo, a afirmação, mas também um novo desafio: vamos dar conta de fazer um mega DVD no Rio de Janeiro? Sertanejo no Rio de Janeiro? Foi um desafio para nós e, novamente, curioso. Atuei em outras áreas, cuidei da parte artística e do financeiro do projeto, além de ter aprendido demais com a Joana Mazzucchelli e toda sua equipe. 

 

Fotos: Montagem DVD “Ao Vivo no Rio”

 

No terceiro, o Luan já era um artista realizado, consagrado. Então, vamos manter o pique e a qualidade? O projeto ficou 100% em minhas mãos e foi outro desafio porque, no local, tinha apenas o terreno, não havia estrutura, tudo foi construído do zero, cada parafuso, ferragem, efeito, luz, instrumento… Esse DVD nasceu como um filho.

 

Fotos: Montagem DVD “O Nosso Tempo é Hoje”

 

3. Sabendo que ainda é necessário conciliar a agenda de shows com as gravações e programas de TV, como funciona o trabalho de um produtor geral e como era organizada a logística do artista e da equipe?

Funciona com muito gerenciamento, organização, coordenação, além de um excelente time na estrada e no escritório. De maneira mais explicada, eu atuava no gerenciamento de horários do artista e equipe, chegada e saída da cidade, horário de montagem de palco, produção do show, passagem de som e showtime, organização do atendimento de imprensa, show e logística. Em algumas situações, trabalhava em conjunto com a assessoria de imprensa, pré-produção e produção técnica, fazendo checagem de setlist, direção de show, entrada e saída da equipe em hotéis. Era algo insano, então, nesses 6 anos, quanto mais você prever os problemas e fugir deles, o resultado será o ideal. Todo esse tempo foi algo muito especial.

 

 

 

4. No DVD ‘O nosso tempo é hoje’, qual foi a maior dificuldade que enfrentaram?

Por se tratar de um local aberto e que, de estrutura, só tinha o gramado, fazer a base toda do zero, com certeza, foi a maior dificuldade, além de contar com a ajuda do “tempo”, não saber se ia chover ou não… Mas, mesmo assim, o resultado foi fantástico.

 

5. Ainda falando desse mesmo projeto, que foi gravado em Itu – SP, ele foi caracterizado por muitas cores, efeitos visuais e luzes, mas acontece que: inicialmente, o local seria outro. Qual foi a base de vocês para decidir tudo isso?

Luan queria um projeto tipo tribo, baseado nas grandes “raves” internacionais, com os efeitos, as luzes, as cores e o que fizemos foi a junção disso tudo! O resultado foi fenomenal!

 

6. Como era a sua relação com o Luan, de forma profissional e pessoal?

Sempre muito boa. Conheci o Luan menino e vejo, até hoje, seu amadurecimento. Grande artista, excelente pessoa e eu tive a sorte de poder ter contato com o artista e filho da dona Mari e do seu Amarildo.

 

 

7. Por fim, conta pra gente uma situação que te marcou? Pode ter sido na estrada, com fãs, com o Luan ou até com a equipe.

Tivemos algumas. A primeira vez no Faustão. Fãs escalando o navio (Cruzeiro), a experiência de fazer shows na Angola e no Japão. A primeira vez no palco principal de Barretos. Somente agradeço a Deus por ter tido todas essas chances. 

 

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Publicado por newsls